A neoplasia oral (tumor oral) é o distúrbio patológico do crescimento, caracterizado por uma proliferação excessiva e incessante das células. A divisão celular é controlada por várias cadeias biomoleculares que controlam o ciclo de divisão celular, e quando há alteração destas cadeias, seja por ausência ou mutação de alguns genes, há a divisão celular descontrolada.Hipócrates, o pai da medicina, criou os termos karkinos (para as úlceras neoplásicas não-cicatrizante) e karkinõma (para os tumores malignos sólidos). Ambos os termos derivam do termo karkinos, que significa “caranguejo”. Isto, porque o aspecto dos tumores normalmente são de um aumento de volume com várias “ramificações”, ou melhor, infiltração nos tecidos, que lembram a estrutura do corpo e pernas deste artropode.
A boca é o 4o lugar com maior incidência de tumores. Normalmente, acomete cães e gatos acima dos 8 anos, e algumas raças são predispostas (cocker, boxer, pointer, weimaraner, etc).
As neoplasias orais podem ser divididas em benignas e malignas. A diferença básica entre estes dois tipos de tumores são suas características agressivas aos tecidos adjacentes (lise óssea) assim como a capacidade de metastatizar (“espalhar” para outros orgãos).
Qualquer presença de aumento de volume deve ser verificado, inicialmente, mediante uma biopsia. O material é levado ao serviço de patologia para identificação deste tumor (histopatológico). Dependendo do resultado, o paciente é submetido à intervenção cirúrgica.
O maior objetivo da cirurgia para neoplasias orais é aumentar a expectativa de sobrevida do paciente, uma vez que o tumor causa dificuldade de alimentação, e o animal perde peso, entrando em anorexia.
O prognóstico dependerá do resultado do histopatológico. Mas sabe-se que as chances de sobrevida são maiores quanto mais cedo se detecte o aumento de volume, e mais rápido se intervenha cirurgicamente.